quarta-feira, 5 de setembro de 2012

QUANDO INDICAR INSEMINAÇÃO INTRA-UTERINA E FERTILIZAÇÃO IN VITRO

A inseminação intra-uterina consiste na deposição de espermatozóides, preparados no laboratório, dentro do útero. A fertilização ocorre no trato genital feminino. É realizada uma estimulação ovariana prévia para o desenvolvimento de mais de um folículo, e assim aumentar a chance de sucesso. É utilizada nos casos de infertilidade por fator cervical e fator masculino de causa ejaculatória.

A fertilização in vitro consiste na fertilização dos gametas fora do útero da mulher, no laboratório. È realizado estímulo ovariano com o uso de medicações e, em seguida, a punção folicular para captura dos óvulos, que serão colocados juntamente com milhares de espermatozóides para serem fertilizados em laboratório. Após o desenvolvimento dos embriões, estes serão transferidos para o útero materno.

Após estabelecer a causa da infertilidade, o especialista deve decidir o tratamento a ser realizado no casal. Alguns parâmetros são fundamentais para orientar a conduta, como a idade da mulher, a causa e o tempo da infertilidade, e a condição sócio-econômica do casal. Existem situações em que a resolução da infertilidade pode ocorrer com a realização de procedimentos simples, como o uso de indutores da ovulação e a inseminação intra-uterina, como nos casos de distúrbios de ejaculação, endometriose leve e disfunção ovulatória.

Diante dos resultados da avaliação diagnóstica, a FIV deve ser indicação absoluta e única alternativa eficaz nos casos de:

• Patologia tubária: Obstrução tubária bilateral.
• Alteração do sêmen: Oligozoospermia moderada a grave ou azoospermia - diminuição ou ausência de espermatozóides no ejaculado.
• Alterações genéticas: Doenças ligadas ao sexo ou cromossomopatias.
• Falência ovariana: Perda da função ovariana.
• Alterações imunológicas: Falhas de implantação embrionária e abortamentos de repetição.
• Neoplasias malignas em idade reprodutiva: Tumor de próstata, testículos, ovário, mamas. Nestes casos há como preservar a fertilidade através de técnicas de congelamento de óvulos, espermatozóides ou embriões, prévios ao tratamento cirúrgico ou de quimio e radioterapia.