segunda-feira, 26 de março de 2012

HIPOTIREOIDISMO NA MULHER


Hipotireoidismo nada mais é que a deficiência da produção de hormônios pela glândula tireóide. Estes hormônios são a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), importantes na regulação do metabolismo celular e funcionamento de outros sistemas do corpo. As causas mais comuns de hipotireoidismo são: doença autoimune; retirada cirúrgica da tireóide para tratar tumor; tratamento do hipertireoidismo com iodo radiativo; entre outras.


Muitas mulheres não sabem que os hormônios tireoidianos também desempenham um importante papel no funcionamento normal do sistema reprodutivo. Se os níveis hormonais estiverem muito baixos, pode ser que você não esteja ovulando normalmente, o que diminui por si a possibilidade de uma gravidez.

A prevalência de hipotireoidismo é de cerca de 4% nas mulheres em idade reprodutiva.  Neste grupo, a doença autoimune da tireóide é a causa mais comum, podendo a disfunção da glândula causar irregularidade menstrual e anovulação em até 70% das pacientes.
O hipotireoidismo também pode ter impacto sobre a fertilidade devido à alteração do metabolismo periférico do estrógeno e à diminuição da produção hepática de SHBG, uma proteína que se liga aos hormônios sexuais (testosterona e estradiol).

 Se a função da tireóide não estiver bem regulada, há ainda risco maior de abortamento espontâneo, complicações da gravidez (ex: síndromes hipertensivas, e doenças congênitas (ex: defeitos cardíacos). Caso a mulher já tenha sido diagnosticada com hipotireoidismo e venha controlando a doença, as chances de engravidar e ter uma gestação saudável são iguais às de uma mulher que não tenha a doença.

Por isso, a reposição hormonal ajuda a retomar a ovulação, a regularidade do ciclo menstrual e a fertilidade. O hipotireoidismo em mulheres grávidas não costuma ter efeitos significativos desde que esteja bem controlado, uma vez que os hormônios da tireóide da mãe são necessários para o desenvolvimento do feto.

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