quarta-feira, 14 de novembro de 2012

VARICOCELE: PRINCIPAL CAUSA DE INFERTILIDADE MASCULINA

Varicocele é a principal causa de infertilidade masculina, caracterizada pela dilatação das veias que drenam o sangue dos testículos. Ocorre refluxo e parada do sangue em volta dos testículos, acarretando aumento da temperatura local e geração de radicais livres, o que pode causar alterações importantes nos parâmetros seminais (morfologia, motilidade e concentração de espermatozóides). Para um bom funcionamento os testículos devem estar a uma temperatura 1,5 a 2ºC abaixo da temperatura do nosso corpo.

Está presente em 15% da população geral, e em até 40% dos homens com diagnóstico de infertilidade. Em geral, o homem só costuma procurar o médico quando está diante da infertilidade, pela falta de orientação para realização de consultas periódicas de rotina ao urologista.

O paciente pode perceber as veias dilatadas no seu saco escrotal, que aumentam com o esforço físico, além de desconforto e dor. Raramente, pode levar à diminuição do tamanho dos testículos. Após o diagnóstico, devem-se realizar pelo menos dois exames de espermograma.

Existem controvérsias com relação ao tratamento da varicocele. Geralmente é indicado o tratamento cirúrgico apenas para o paciente infértil e com varicocele clínica. Após 3 a 6 meses da cirurgia o paciente é avaliado e geralmente obtém-se melhora em torno de 50% na análise seminal. A varicocele visível apenas no ultrassom e assintomática (subclínica), não tem indicação cirúrgica.

Entretanto, é preciso avaliar o casal, pois existem fatores que quando associados mudam a conduta médica, como: idade da mulher, tempo de infertilidade, tratamentos realizados e presença de outras doenças.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

TABAGISMO E FERTILIDADE


É fato comprovado o declínio da fertilidade em homens e mulheres tabagistas, tendo uma relação direta com a dose da nicotina. As mulheres que fumam apresentam mais ciclos menstruais irregulares, e podem ter a menopausa antecipada em até quatro anos, pois há uma redução da reserva ovariana.

A nicotina e as outras substâncias tóxicas presentes no cigarro também são responsáveis por alteração na motilidade tubária e na qualidade do endométrio, aumentando as chances de abortamentos espontâneos e dificuldade para engravidar.

Os homens também devem ficar atentos, pois os tabagistas apresentam análise seminal alterada, com diminuição da qualidade dos espermatozóides, tanto da motilidade como morfologia.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

QUANDO INDICAR INSEMINAÇÃO INTRA-UTERINA E FERTILIZAÇÃO IN VITRO

A inseminação intra-uterina consiste na deposição de espermatozóides, preparados no laboratório, dentro do útero. A fertilização ocorre no trato genital feminino. É realizada uma estimulação ovariana prévia para o desenvolvimento de mais de um folículo, e assim aumentar a chance de sucesso. É utilizada nos casos de infertilidade por fator cervical e fator masculino de causa ejaculatória.

A fertilização in vitro consiste na fertilização dos gametas fora do útero da mulher, no laboratório. È realizado estímulo ovariano com o uso de medicações e, em seguida, a punção folicular para captura dos óvulos, que serão colocados juntamente com milhares de espermatozóides para serem fertilizados em laboratório. Após o desenvolvimento dos embriões, estes serão transferidos para o útero materno.

Após estabelecer a causa da infertilidade, o especialista deve decidir o tratamento a ser realizado no casal. Alguns parâmetros são fundamentais para orientar a conduta, como a idade da mulher, a causa e o tempo da infertilidade, e a condição sócio-econômica do casal. Existem situações em que a resolução da infertilidade pode ocorrer com a realização de procedimentos simples, como o uso de indutores da ovulação e a inseminação intra-uterina, como nos casos de distúrbios de ejaculação, endometriose leve e disfunção ovulatória.

Diante dos resultados da avaliação diagnóstica, a FIV deve ser indicação absoluta e única alternativa eficaz nos casos de:

• Patologia tubária: Obstrução tubária bilateral.
• Alteração do sêmen: Oligozoospermia moderada a grave ou azoospermia - diminuição ou ausência de espermatozóides no ejaculado.
• Alterações genéticas: Doenças ligadas ao sexo ou cromossomopatias.
• Falência ovariana: Perda da função ovariana.
• Alterações imunológicas: Falhas de implantação embrionária e abortamentos de repetição.
• Neoplasias malignas em idade reprodutiva: Tumor de próstata, testículos, ovário, mamas. Nestes casos há como preservar a fertilidade através de técnicas de congelamento de óvulos, espermatozóides ou embriões, prévios ao tratamento cirúrgico ou de quimio e radioterapia.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

INVESTIGAÇÃO DO CASAL INFÉRTIL


Infertilidade conjugal é definida com a ausência de gravidez após 12 meses de relações sexuais, regulares e sem uso de métodos contraceptivos. As causas podem ser devidas em 40% das vezes a fator feminino, 40% a fator masculino, e em 20% dos casos, ao casal. Cerca de 20% dos casais têm problemas para engravidar e procuram o ginecologista na tentativa de solucionar este problema. 

Muitos fatores podem estar envolvidos, alguns fáceis de serem solucionados, cabendo ao ginecologista realizar uma pesquisa inicial para investigação diagnóstica. Deve ser realizada uma anamnese e exame físico detalhados, pesquisando alterações do ciclo menstrual, antecedentes de doença inflamatória pélvica, história de abortamentos, cirurgias pélvicas, doenças sistêmicas coexistentes (diabetes, tireoidopatia, obesidade), e disfunções sexuais.
 
RESERVA OVARIANA: A fertilidade diminui com a idade, com declínio acentuado a partir dos 35 anos. A realização de uma ultrassonografia transvaginal basal para contagem de folículos antrais e a dosagem do hormônio FSH entre o 2º e 4º dias do ciclo menstrual avalia a reserva ovariana e o potencial reprodutivo da mulher.

PESQUISA DA OVULAÇÃO: De grande importância é a pesquisa da ovulação, cujo distúrbio caracteriza-se clinicamente por irregularidade menstrual, e é responsável por 20% dos casos de infertilidade. Pode ser avaliada pela realização de ultrassonografia transvaginal seriada, que avalia o crescimento folicular e do corpo lúteo, e pela dosagem sérica de progesterona na fase lútea (21º dia do ciclo).

FATOR TUBÁRIO: As doenças sexualmente transmissíveis, como por exemplo a clamídia, são de grande prevalência, e produzem processos aderenciais, alterando a anatomia das trompas, assim como sua obstrução. O estudo da permeabilidade das trompas pode ser realizado por um exame chamado histerossalpingografia.

FATOR UTERINO: A cavidade uterina pode ser avaliada pela histeroscopia, que diagnostica eventuais patologias como os miomas e os pólipos endometriais.
 
FATOR MASCULINO: Avaliar antecedentes de infecções genitais, traumas, varicocele, cirurgias pélvicas, exposição a agentes químicos e radiação, tabagismo e uso de medicações. Deve ser realizada análise seminal com o espermograma, e avaliados alguns parâmetros, como volume, viscosidade, concentração, motilidade, morfologia. Em casos de ausência ou diminuição dos espermatozóides, realiza-se avaliação hormonal, ultrassonografia da bolsa escrotal e, até biópsia testicular.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

TRATAMENTO E MANUTENÇÃO DA FERTILIDADE EM PACIENTES COM CA DE MAMA



O câncer de mama costuma ser o mais temido pelas mulheres. Seus efeitos psicológicos afetam a sexualidade e a sua própria imagem. É relativamente raro antes dos 35 anos de idade, com sua incidência aumentando progressivamente a partir desta faixa etária. Aproximadamente 20% das mulheres apresentam-se em idade reprodutiva.

terça-feira, 24 de abril de 2012

VARICOCELE - INFERTILIDADE MASCULINA



Varicocele é a dilatação das veias que drenam o sangue utilizado pelos testículos. Ocorre acúmulo de sangue venoso nos testículos, levando a alterações na produção e na qualidade dos espermatozóides. Sua incidência na população masculina é de aproximadamente 15%, chegando a 40% nos homens com diagnóstico de infertilidade.

É a causa mais comum de infertilidade masculina. As varicoceles se apresentam mais freqüentemente à esquerda (80% dos casos), sendo bilateral em apenas 10% a 20% dos pacientes. Isto se deve à anatomia da veia espermática esquerda, que desemboca a 90º na veia renal esquerda, formando uma coluna hidrostática, com alta pressão, que dilata o plexo pampiniforme.

segunda-feira, 26 de março de 2012

HIPOTIREOIDISMO NA MULHER


Hipotireoidismo nada mais é que a deficiência da produção de hormônios pela glândula tireóide. Estes hormônios são a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), importantes na regulação do metabolismo celular e funcionamento de outros sistemas do corpo. As causas mais comuns de hipotireoidismo são: doença autoimune; retirada cirúrgica da tireóide para tratar tumor; tratamento do hipertireoidismo com iodo radiativo; entre outras.

quarta-feira, 14 de março de 2012

OBESIDADE CAUSA INFERTILIDADE FEMININA?

A obesidade possui um impacto muito grande na saúde, inclusive na fertilidade. Segundo dados do Ministério da Saúde, o excesso de peso atinge 30% das mulheres em idade fértil no Brasil. A relação entre a obesidade feminina e a fertilidade é complexa, e seus efeitos negativos na reprodução humana são amplamente discutidos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

SÍNDROME DOS OVÁRIOS MICROPOLICÍSTICOS X INFERTILIDADE

Com o desenvolvimento de novas pesquisas e a consequente evolução do conhecimento, tornou-se evidente que o ovário exerce papel central para a maioria das mulheres em idade fértil. A Síndrome dos Ovários Micropolicísticos (SOMP) é uma das doenças endócrinas mais prevalentes, afetando cerca de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva.