terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DOAÇÃO DE ÓVULOS

Quando um casal apresenta dificuldades para engravidar, busca os tratamentos de Reprodução Assistida. Entretanto, nos casos de menopausa precoce e falência ovariana, a fertilização com óvulo de doadora pode ser a terapêutica indicada pelo médico.

A ovodoação envolve questões psicológicas, pois acaba deixando em pauta o tema da adoção de um filho. A negação é inconsciente, e marca a dificuldade da mulher em aceitar este tipo de adoção. Para muitas mulheres, a ovodoação pode representar a frustração de não poder gerar um filho com seus próprios óvulos. Para outras, a experiência da ovodoação gera um sentimento de gratidão por alguém que foi fundamental para realização de um grande sonho.

O ciclo de doação de óvulos é realizado pela técnica de Fertilização in vitro, na qual os óvulos são doados a uma receptora para que sejam fertilizados. A doadora deverá passar por um processo de indução da ovulação. Paralelamente, a receptora recebe hormônios que preparam o endométrio para receber os embriões. Após a indução é realizada a coleta de óvulos, e a seguir, a fertilização é realizada no laboratório, utilizando os espermatozóides do marido da receptora.

Os embriões que se desenvolverem serão transferidos para o útero da receptora, através de um cateter por via vaginal. A receptora já deve ter preparado seu endométrio com estradiol e progesterona, a fim de receber os embriões. A taxa de sucesso de gravidez é de 50%, a mesma da paciente doadora com idade média de 30 anos.

As doadoras devem ter as seguintes características: < 35 anos de idade; bom nível intelectual; histórico negativo de doenças genéticas transmissíveis; teste negativo para doenças infecciosas e sexualmente transmissíveis; tipagem sanguínea compatível com a receptora.

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina, por meio da Resolução N° 1358/92, estipulou as normas éticas para o programa de doação de óvulos:
- A doação não deve ter caráter lucrativo;
- Os doadores não podem conhecer a identidade dos receptores, e vice-versa.
- A legislação não permite doação entre familiares;
- As clínicas especializadas devem manter um registro dos doadores;
- A escolha de doadores baseia-se na semelhança física, imunológica e na compatibilidade entre doador e receptor.

As pessoas têm pouca informação sobre a importância e a necessidade da doação. Com mais esclarecimentos sobre o assunto, a mulher tenderia a doar mais seus óvulos, uma vez que não acarreta prejuízo à saúde da doadora.

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