quarta-feira, 11 de setembro de 2013

CHLAMYDIA E INFERTILIDADE



A doença sexualmente transmissível de maior prevalência no mundo é causada pela bactéria Chlamydia Trachomatis, que afeta os órgãos genitais femininos e masculinos. Inúmeros relatos têm sido feitos a respeito do impacto negativo da Chlamydia sobre as taxas de gravidez. A Chlamydia causa aproximadamente 4 a 5 milhões de infecções por ano nos EUA, com prevalência de infecção maior para as mulheres sexualmente ativas, com idade entre 15 a 21anos, continuando a ser infectadas até cerca de 30 anos de idade.

 A prevalência de infecção por clamídia varia de 3 a 5% em mulheres assintomáticas, e mais de 20% em mulheres com doença sexualmente transmissível (DST). A Chlamydia causa infecção sintomática e crônica do endométrio, colo do útero, uretra e trompas de falópio. No entanto, a maioria das mulheres com Chlamydia e infecções nesses locais produzem sintomas não-específicos ou, comumente, não apresentam sintomas. Tem sido demonstrado que nas populações sexualmente ativas, a prevalência de infecção pode atingir níveis muito elevados, porque a Chlamydia é muitas vezes assintomática.


O controle efetivo para Chlamydia deve incluir testes periódicos de indivíduos em risco para a infecção. A proporção de infertilidade tem sido atribuída à obstrução tubária de um episódio anterior de salpingite. Em estudos de países industrializados, 10 a 15% das mulheres inférteis têm documentado anormalidades tubárias ou aderências pélvicas. As taxas de gravidez ectópica também aumentam com a salpingite. Apenas cerca de metade das mulheres com uma gravidez ectópica tem uma gravidez subseqüente, assim, esta também tem um impacto dramático sobre a fertilidade.

O teste mais utilizado para diagnóstico é a reação em cadeia da polimerase (PCR). Sintomas da Chlamydia são inespecíficos, sem início abrupto ou inexistente. Assim, a maioria das mulheres não realizará testes de anticorpos no momento em que anticorpos IgM estão presentes, ou demonstrar um aumento de anticorpos IgG.

Rastreio para Chlamydia deve ser oferecido a mulheres com suspeita de infecção genital, com sintomas ou sinais de uretrite aguda, cervicite, endometrite e salpingite. Mulheres com Neisseria gonorrhoeae também devem ser rastreados para Chlamydia, pois estas duas infecções ocorrem frequentemente juntas. Mulheres candidatas para a triagem seletiva incluem as mais jovens, com um novo parceiro sexual ou múltiplos parceiros sexuais, solteiras e usuárias de contraceptivos orais.
O tratamento da Chlamydia consiste do uso de antibióticos e deve envolver o tratamento do parceiro e abstinência sexual neste período. A prevenção desta infecção é feita essencialmente por: educação sexual; utilização de preservativos em relações sexuais; evitar múltiplos parceiros; realização de exames ginecológicos regularmente e tratamento do parceiro.

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